quarta-feira, 17 de agosto de 2016

CONHECENDO OS MESTRES DO DESIGNERS BRASILEIRO - RINO LEVI

Considerado um dos representantes da escola da arquitetura moderna paulista.
Cidadão paulistano, filho de pais italianos, estudou arquitetura, primeiro na Academia de Brera em Milão, posteriormente foi para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, formando-se em 1926.



Rino Levi
(São Paulo, 1901 - Bahia 1965)
foi um dos mais importantes expoentes da arquitetura moderna do Brasil, de designers responsáveis pela transformação da paisagem arquitetônica da Capital de São Paulo.








Fachada do 1º condomínio de apartamentos
de São Paulo na Rua Abílio Soares. 
(foto:César Garcez Marins/2008)
















Edifício Columbus na Av. Brigadeiro Luiz Antonio. 1934













Rua Morgado de Mateus em Vila Mariana - 1928/1933





Rino Levi nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Filho de pais italianos, estudou arquitetura em Milão e Roma.
São Paulo a/d de Rino Levi.
Transformou a paisagem arquitetônica da cidade de São Paulo, com a formação e desenvolvimento a arquitetura moderna.
 Antes de concluir arquitetura em Roma, Rino Levi enviou uma carta ao jornal Estado de São Paulo publicada em 15 de outubro de 1925 com o título “Arquitetura e estética das cidades”, que veio a ser classificada como uma das primeiras manifestações em torno da arquitetura moderna no Brasil. Foi aluno de Marcello Piacentini em Roma, arquiteto que idealizou o edifício Matarazzo em São Paulo.
Em 1926 retornou ao Brasil, em 1927 abre seu próprio escritório, Rino Levi Arquitetos Associados, e suas primeiras obras foram o Edifício Columbus na Av. Brigadeiro Luís Antonio, primeiro condomínio de apartamentos na cidade de São Paulo, absurdamente demolido em 1971, Cine Ufa Palácio, na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Edifícios com conceito racional e simples, evidência os projetos de Rino Levi.
Nos anos 30 projetou os primeiros prédios modernos para clientes de origem italiana o contrataram para para projetar pequenos edifícios e conjuntos de sobrados, alguns que ele acompanhou a execução das obras. 
Deste período são notáveis as residências para Dante Ramenzoni (1931/33), a residência Delfina Ferrabino (1931) e os edifícios Gazeau (1929) e Nicolau Schiesser (1933).
Com o projeto do Cine Ufa Palácio (1936), com princípios de acústica aplicados, vieram outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1943) e o Teatro Cultura Artística (1942),publicados na Revista Politécnica, nas revistas, a italiana, Architettura e a francesa Architecture d'Aujourd'Hui.
Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Em 1952, sucede Oswaldo Bratke na presidência do IAB-SP.
Participa em 1957, em conjunto com Vilanova Artigas, entre outros arquitetos, da reestruturação da FAU-USP, onde atuou como professor até 1959.
Seu escritório desenvolveu vários projetos na grande São Paulo como: complexos industriais, edifícios comerciais, escritórios, edifícios residenciais, casas, cinemas, hospitais, teatros, bancos, etc. O Centro Cívico de Santo André, um complexo municipal, foi seu último projeto.
Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965,  em uma expedição botânica com Burle Marx no interior da Bahia. O grande amigo Burle Marx, além de amigo, foi seu projetou e participou como paisagista e artística nos seus mais famosos projetos arquitetônicos.

Rino Levi projetou peças de design mobiliário.












segunda-feira, 1 de agosto de 2016

TENTE, INVENTE, TRANSFORME, PINTE E BORDE.

Renove e Reutilize


Acento de banco macio formato Mexerica.
Não precisa costurar, encher a almofada, é só comprar um travesseiro barato e fofinho, um rolo de barbante ou outra fibra resistente. Passar por cima e por baixo do acento do banco, dando um laço em cruz no centro para que o barbante não se movimente.
Pode usar qualquer tecido que combine com o que quiser realçar.
 Uma mala antiga que se transforma em armarinho de banheiro ou para maquiagem. Não há muita ciência na transformação. 
Prendedores para o espelho, tecido para forrar a mala por dentro, duas madeiras para as prateleiras, cintos que não usa mais para manter os frascos nas prateleiras.
Se quiser mais informações deixe uma mensagem.









É fácil transformar um móvel que você iria dar, doar, jogar fora em uma peça de destaque.
As fotos mostram como.
Escolha o padrão de uma renda barata prenda na superfície que irá pintar.
Poderá pintar com spray ou rolinho,
Como: faça o fundo em cor clara, branco, bege ou qualquer outra, desde que seja bem clara. Com uma tinta pouco mais escura, ou do seu gosto, pinte sobre a renda.
Se pintar com rolinho, não encharque de tinta e não comprima contra a superfície, passe levemente sobre a renda.









segunda-feira, 25 de julho de 2016

CONHECENDO OS MESTRES DO DESIGN BRASILEIRO - GIUSEPPE SCAPINELLI


Há pouquíssimas informações desse grande mestre do design, contemporâneo de Tenreiro e Zanine. Eu encontrei vários sites, todos com as mesmas informações que estão nessa página.
A única foto dele que encontrei foi a que está aqui.



Giuseppe Scapinelli
1891 Modena, Itália - 1982 São Paulo, Brasil

Sérgio Campos homenageou o trabalho desse grande mestre da transformação da madeira bruta em arte, com o livro "Giuseppe Scapinelle 1950: o Designer da Emoção". 


Ainda em Modena, sua cidade natal, deu aula de arquitetura, no Brasil fundou as fábricas de móveis Giesse e a de tapetes Santa Helena e duas lojas, Le Rideau e Margutta, que era também seu atelier. Desenvolveu e produziu designers exclusivos para a elite, principalmente a paulistana.
Nos anos 50 assinou uma coluna na revista Casa e Jardim que o descrevia da seguinte forma: "Scapinelli é um clássico que se lembra de ser moderno ou - se preferem - um moderno que não se esqueceu de ser clássico.". 

A sua visão de modernismo, pode ter sido inspirada ou uma releitura do design clássico europeu dos anos 40, curvas sinuosas, suaves, sensuais, emocionais. 

As artes na Europa dos anos 40 ainda vivenciava a influência tanto pela Art Decô, quanto pela Art Nouveau.


Art Decô




















Mais do que Tenreiro, Zanine, Sérgio Rodrigues, as criações de Scapinelli têm características inconfundíveis. Perfeccionista, produziu móveis nos anos 50 e 69, com madeiras brasileiras, de altíssima qualidade e acabamento nos anos 50 e 60.


















































Se algum leitor dessa página tiver mais informações, ficarei feliz em incluir na postagem com a procedência.

sábado, 23 de julho de 2016

CONHECENDO OS MESTRES DO DESIGN BRASILEIRO - SERGIO RODRIGUES

"O móvel não é só uma figura, a peça, não é só o material de que a peça é composta, e sim alguma coisa que tem dentro dela. É o espírito da peça. É o espírito brasileiro. É o móvel brasileiro."

Sérgio Rodrigues
1927 /2014

juntamente com Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas, foi pioneiro na transformação do design brasileiro em design industrial, que tornou-se conhecido mundialmente.
Formou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1953.
Seu 1º trabalho como arquiteto foi o projeto de arquitetura do Centro Cívico de Curitiba, com outros 3 arquitetos.
Como Zanine, o auge da sua carreira foram os anos 50 e 60. O design do seu mobiliário seguiu a tendência iniciada com Tenreiro e continuada por Zanine, de linhas modernas com identidade na cultura brasileira e indígena, utilizando materiais tradicionais, couro, madeira e palhinha. 
Na fase de decoração dos prédios da Capital Federal, Brasília ele foi o principal design de quem Lúcio Costa selecionou os móveis, selecionados de acordo com a exigência do Palácio.
Expôs sua linha de móveis não só no Brasil, mas, na Bélgica, Espanha, Suécia, Nova Iorque, Itália e Argentina. 

Suas peças mais famosas são

Poltrona Gio
Cadeira Oscar - 1956




Poltrona Mole - 1957
Faz parte do acervo do
Museu de Arte Moderna
de Nova Iorque


Poltrona Aspas (chifruda) - 1962
 





Poltrona Kilin - 1973


Banco Sonia - 1977



Cadeira Katita - 1997


Poltrona Diz - 2001







O que eu gosto de Sérgio Rodrigues.

Poltrona Paraty - 

Comoda Bianca






Mesa Arimelo
Poltrona Leve Cuiabá

quarta-feira, 20 de julho de 2016

CONHECENDO OS MESTRES DO DESIGN MOBILIÁRIO - JERZY ou JORGE ZALSZUPIN


"Não, ninguém faz samba só porque prefere
Força nenhuma no mundo interfere
Sobre o poder da criação
Não, não precisa se estar nem feliz nem aflito
Nem se refugiar em um lugar bonito
Em busca de inspiração"
Poder da Criação de João Nogueira e Paulo César Pinheiro


Jerzy (Jorge) Zalszupin

Varsóvia, Iugoslávia 1902
Foi para a Romênia fugindo da perseguição aos judeus durante a guerra onde estudou arquitetura, formando-se em 1945.


A paixão de Zalszupin pela arquitetura nasceu na adolescência, quando conheceu Le Corbusier, através de um livro que viu na vitrine de uma livraria.
Terminada a 2ª guerra, desiludido com a destruição que houve em seu país, saiu em busca de um novo começo, inicialmente para a França e nos anos 50 para o Brasil. 
Aqui encontrou condições de desenvolver sua arte e criar uma linha de móveis com um novo conceito. 
Para divulgar seu conceito de design arrojado, seria imprescindível que fosse divulgado e decidiu construiu sua casa como referência. 

Passou a sentir necessidade de móveis que se adequassem aos seus projetos arquitetônicos e a sua visão de modernidade e isso o direciona para a criação de uma linha de mobiliário. Por fim, fundou a L'Atelier, uma fábrica moderna, com a produção de da sua visão estética de linhas limpas, perfeita execução, confortável, atemporal, utilizando materiais nobres.

Em uma entrevista para Beto Abolafio do Estadão emjunho de 2010, Abolafio pergunta se ele se sentiu acolhido quando chegou no Brasil: Leia Mais:http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,chegar-ao-brasil-foi-um-prazer,5
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NunSiga @Estadao Twitter" nunca "Nunca vou ser suficientemente grato. Eu me achei bem aqui porque não conhecia  a vida que o prazer faz parte.". 

Em outro momento da mesma entrevista ele diz que 
"Chegar ao Brasil foi um prazer." 























"Passamos a vida buscando o acolhimento materno."
A partir da memória de como era seu carrinho de bebê, criou em 1959 esse Carrinho de 
Chá.  


     (acervo Etel Interiores)

A The New York Times Magazine, o jornal The Telegraph e a Revista Newpaper elegeram o Carrinho JZ como um dos móveis mais interessantes desse tipo pelo mundo. 
    

Mesa Pétala
Poltrona Dinamarquesa

Mesa Andorinha









Poltrona Adriana, criada em homenagem à sua neta.



                                                            


















sexta-feira, 15 de julho de 2016

O LIXO DE UM É O LUXO DE OUTRO

Tenreiro e Zanine Caldas foram os maiores e mais importantes designers do mobiliário moderno brasileiro. 

Os mobiliários conhecidos como "pés palito" servem de inspiração até hoje, mais de 40 anos depois, nos projetos dos designers contemporâneos, criações de Tenreiro e Zanine, os grandes mestres da carpintaria.

Contei na minha página do facebook, que passando por uma rua próxima à minha casa, me chamou a atenção uma montanha de entulho na calçada. Não sei porque me chamou a atenção, mas passei olhando e em meio àquela montanha de lixo vi um jogo de sofá dos anos 50, que o dono da casa estava jogando fora. Voltei, desci do carro e fui olhar de perto, pasmem,  eram peças originais dos anos 50, com uma grande similaridade à criação Zanine ou Tenreiro. 
Perguntei ao dono da casa se eu poderia levá-los, um sofá de 3 lugares e 2 poltronas, ele disse que sim e que estava doando a estante bar que estava na garagem, também dos anos 50, que aqueles móveis pertenceram à tia das esposa dele.

A foto é terrível, mas não tenho outra.
Essa é a estante bar que iria ser jogada fora.
Não vou discutir com quem considera essas relíquias lixo. "O lixo de um é o luxo de outro."

Se o jogo de sofás não forem desenhos originais produzidos por Tenreiro e Zanine, em um antiquário custaria até R$ 20.000,00, se forem originais, não consigo nem imaginar o quanto custariam.

A minha família riu de mim e disse que eu era lixeira e deveria trocar meu carro por uma caminhonete. Até achei uma excelente ideia.

Eu amo pé palito!